sábado, 24 de agosto de 2019

Construindo os Alicerces de Amambai

Foto: Divulgação.

O Engenheiro Civil Ernesto Vargas Batista, de tradicional família deste Cone-Sul do Estado, faleceu neste inicio de 2011, legando para todos nós e para a Historia de Amambaí um “curriculum” de trabalho progressista.
No final da década de 1950, quando eu era Fiscal/Avaliador do Banco do Brasil, tive a felicidade de conviver com o amambaiense Ernesto, co-proprietário junto com seus irmãos da Fazenda Morumbi, nas margens do Rio Paraná, na época ainda Município de Amambaí.
O Porto Morumbi atualmente faz parte do Município de Iguatemi, criado em novembro de 1963.Pretendendo executar um projeto agro-industrial inédito na região, o então Prefeito de Amambaí requereu financiamento junto à Carteira de Credito Agrícola e Industrial – CREAI, construindo valetas e outras obras de drenagem em uma área continua de duzentos hectares nas várzeas do Paranazão, com a intenção de cultivar arroz irrigado.Foram edificados também dois Barracões com estrutura metálica, paredes e teto de zinco, a melhor tecnologia possível na época.
Com modernas máquinas para Beneficiamento e embalagem do produto, aquele arroz crioulo de Amambaí conquistou os mercados paranaenses. Anotem que vivíamos os anos 50/60 do século passado, no Sul do então Estado de Mato Grosso, quando a margem esquerda do Rio Paraná ainda era coberta por matas virgens. O Norte Novo do Paraná apenas começava suas derrubadas.
Do outro lado havia o pequeno povoado de Guaíra, criado e fundado pela Companhia Mate Larangeiras (com G mesmo). O Engenheiro Ernesto Vargas Batista tinha visão de futuro. Amambaí começou a ser construída verdadeiramente nessa administração, e por isso sempre comento com meus amigos que o Ernesto foi o melhor Prefeito que conheci nestes meus 76 anos de vida fronteiriça.
Demarcando um traçado mais adequado e moderno foi encurtada a distancia até Ponta Porã, onde o Prefeito João Portela Freire seu parente por afinidade e que tinha raízes também aqui na Vila União como ainda nos referíamos carinhosamente, em parceria construíram o primeiro cascalhamento que permitiu um tráfego mais rápido.
Com freqüência nosso Prefeito embarcava em Ponta Porã nos aviões da Nacional, Real ou Panair do Brasil rumo a Capital Cuiabá em busca de recursos financeiros.
Com seu veículo particular um Jeep DKW, ele percorria as estradas municipais, fazendas de gado e ervais. Afinal, a produção do campo arrecadava os Impostos que construíam Amambaí. Aliás, a produção rural ainda nos dias atuais é a maior fonte de renda local e regional.
Foram redemarcados os traçados das rodovias para Iguatemi, Juti e demais distritos, criando ainda uma Patrulha mecanizada que cuidava dos acessos às Fazendas, permitindo o escoamento da produção e a locomoção dos moradores. Quando Ernesto assumiu a Prefeitura, Amambaí não tinha Energia Elétrica, um simples motor gerador fornecia uma energia precária.
Muitas vezes à noite no escritório de sua residência eu datilografava laudos para o Banco do Brasil, e o trabalho só poderia ser feito até às 20:30 horas, quando o motor era desligado.
Pois bem, Ernesto deu a LUZ para Amambaí. Com poucos meses de gestão, e com recursos da própria população, com venda de Ações foi idealizada, projetada e construída a Usina do Panduí. Com Energia Elétrica abundante e barata ficou mais agradável assistir à noite, aos Filmes no Cinema do Doneville, na Pedro Manvailler, onde hoje é o Escritório de Contabilidade do seu filho Domar e do neto Baiúca. Mantendo a tradição de trabalho e progresso seus sobrinhos Vargas de Aquino, filhos do medico Aristeu são criadores de Nelore Marca 27 do melhor padrão racial regional.
E na Educação, seus sobrinhos netos Ivolim e Lauro Andrey, que além de Monteiro e Carvalho, ostentam o Vargas e Batista operacionalizando as Faculdades Integradas de Amambaí-Fiama, valorizam o futuro. E Amambaí recebeu muitas dádivas pelo trabalho e competência do seu filho ilustre, que agora aos 92 anos faleceu em Campo Grande.
A trajetória profissional e política desse engenheiro/prefeito que armou os alicerces de Amambaí deve ser cultuada como um dos capítulos mais importantes da historia do Cone-Sul do Estado.

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Cadeira nº. 15:
Patrono: Ernesto Vargas Baptista (Patrono da ACAL)

Politécnico Ernesto Vargas Baptista é homenageado em seu centenário

Livro sobre a trajetória do engenheiro será lançado no dia 29 de setembro

Ernesto Vargas Baptista é o Patrono da ACAL.

Para celebrar o centenário de nascimento de Ernesto Vargas Baptista, dia 8 de setembro, homenagens estão acontecendo diversas cidades. Com relatos de sua dedicação na vida pública, o lançamento da biografia está previsto para dia 29 de setembro, às 19h, no auditório Acyr Vaz Guimarães, em Campo Grande.
Ernesto nasceu no dia 8 de setembro de 1918, na Fazenda Issaú, município de Ponta Porã (MS), e faleceu em 5 de janeiro de 2011, aos 92 anos, em Campo Grande (MS). Foi engenheiro, urbanista, professor, prefeito de Amambai e Iguatemi, Secretário de Viação e Obras Públicas no governo de Mato Grosso Uno sendo governador José Fragelli, Assessor Especial do setor de transportes nos governos de Wilson Martins, Ramez Tebet, Marcelo Miranda e Pedro Pedrossian, em Mato Grosso do Sul.
Foi prefeito de Amambai quando ainda os municípios Coronel Sapucaia, Eldorado, Iguatemi, Itaquiraí, Japorã, Mundo Novo, Paranhos, Sete Quedas e Tacuru faziam parte. Segundo dados do Censo de 1960, o município de Amambai possuía 23.991 habitantes, sendo o sétimo mais populoso do atual estado de Mato Grosso do Sul.
Além de outros trabalhos, como chefe do Departamento de Estradas de Rodagem de Mato Grosso (Dermat), no Alto Araguaia (MT), agrimensor, participante do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), quando acadêmico de engenharia da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Em serviços voluntários, deixou uma intensa relação de atividades comunitárias como rotariano, maçom, sócio da Associação dos Diplomados na Escola Superior de Guerra (Adesg), tanto nos estados de Mato Grosso quanto em Mato Grosso do Sul.
Para o ex-governador Marcelo Miranda Soares, Ernesto será sempre lembrado como alguém que trabalhou arduamente em prol do desenvolvimento do estado. “Eu lembro do Ernesto desde a época de Mato Grosso, antes da divisão do estado. Ele tinha muita vontade de ajudar, de estar junto, de trabalhar em equipe. Trabalhamos juntos num estado em que não existia infraestrutura de nada, hoje, depois de dividido, eu estou vendo que todas as cidades de Mato Grosso do Sul estão com asfalto, com rede de água, com energia. Ernesto participou disso tudo com muita determinação, ele resolvia as coisas e gostava de ajudar. Para ele, eu só tenho elogios”.
“Celebrando a Vida – 1918-2018 – Ernesto Vargas Baptista” foi escrito por Vera Tylde de Castro Pinto, para relatar e eternizar suas múltiplas atividades e contribuições para a sociedade. “Sua vida é digna de ser celebrada, é relevante e inspiradora. O projeto teve iniciativa da família e só foi possível com uma equipe imprescindível. É com grande alegria que a obra foi aprovada pelo Conselho Editorial do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul, passando a integrar sua bibliografia na série Biografias”, ressalta a autora.
O lançamento do livro será realizado no dia 29 de setembro, sábado, às 19h, no auditório Acyr Vaz Guimarães, na sede do Instituto, localizado na Avenida Calógeras, nº 3.000, Esplanada da Ferroviária, em Campo Grande (MS).

SOBRE A OBRA

Contendo dez capítulos, a vida de Ernesto Vargas Baptista foi ilustrada com fotos e documentos de época e complementada com os depoimentos de familiares e pessoas que com ele conviveram.
Sua filha, Ana Luzia Abrão, ficou responsável pela pesquisa de conteúdo, já a professora Maria Luiza Pimenta da Cunha foi a digitadora, Danieli Souza Bezerra transcreveu as inúmeras entrevistas, o projeto gráfico é de Marisa Nachif, revisão por Marco Antonio Storani, e apoio da Life Editora com impressão e acabamento do livro.
A obra foi prefaciada pelos professores membros do Conselho Editorial do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul, Lucia Salsa Corrêa, vice-presidente do Instituto e Valmir Batista Correa, Presidente do Conselho.

HOMENAGENS EM MT, MS E SP

No dia 23 de maio deste ano, Ernesto foi homenageado, in memoriam, com a Ordem do Mérito Legislativo de Mato Grosso, Comenda Senador Filinto Müller, em Cuiabá (MT).
No dia 31 de agosto, o Sesc Senac Fecomércio inaugurou em Ponta Porã (MS) nova unidade, levando seu nome em homenagem. A solenidade contou com a presença de Ana Luzia Batista Abrão, representando a família de Ernesto Vargas Baptista, diretora regional do Sesc, Regina Ferro, do presidente do Sistema Fecomércio, Edison Araújo, do diretor regional do Senac, Vítor Mello, e do prefeito de Ponta Porã, Hélio Peluffo. O local vai proporcionar ações voltadas ao esporte, saúde e qualificação.
No dia 26 de setembro, a Academia de Letras de Amambai realizará sessão de Instalação, sendo Ernesto o patrono mor da Academia e patrono da 15ª cadeira. A Academia foi pensada e estruturada nos moldes da Academia Brasileira de Letras, com 40 cadeiras e 40 patronos.
Também no dia 26 de setembro, a Câmara Municipal de Amambai realiza moção de congratulação aos familiares do primeiro prefeito, Sidney Vargas Baptista, e do sexto prefeito, Ernesto Vargas Baptista. A solenidade será realizada na Câmara, às 18h.
A Loja Maçônica Silo Vargas Batista, de Iguatemi, prestará homenagem à Ernesto no dia 7 de outubro. O evento será realizado na sede, às 11h.
E, ainda no segundo semestre desse ano, a POLI USP lançará o Certificado Ernesto Vargas para aluno ou grupo de alunos destaque em trabalho de conclusão de curso de engenharia civil, com foco em sustentabilidade.

Este post foi publicado em Politécnicos em 14 de setembro de 2018.


quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Nota de pesar

A Academia Amambaiense de Letras (ACAL) informa, com pesar, o falecimento de Aida Domingos, ocorrido nesta quarta-feira e presta condolências aos familiares e amigos.


segunda-feira, 12 de agosto de 2019

As estrelas lá do céu

Por Rogério Fernandes Lemes
Fonte: Turminha Paraiso
Nicolai acordou bem cedinho. Estava frio. A moça da televisão falava sobre a previsão do tempo para aquele dia. Seu pai estava na sala e ouvia, atentamente, tudo o que ela falava, enquanto abotoava os botões de sua camisa.
Acordar cedo para estudar ninguém merece! Era o pensamento dentro da cabeça de Nicolai. Seus pais acreditam que estudar de manhã era melhor. Para eles, a criança memoriza e aprende mais. Por isso, deve dormir cedo para acordar cedo.
Sua mãe levantava antes de todo mundo e colocava pão de queijo para assar. Nicolai imaginava que o planeta Terra era um enorme pão de queijo. Que pensamento bobo – pensava ele – mas, afinal, quem não tem pensamentos bobos todos os dias?
Um dia, seu coleguinha de sala teve um desses pensamentos. Na hora do intervalo, logo que a professora foi para a sala dos professores, Gustavo e Nicolai foram até o canto do pátio e sentaram em um banco de madeira, embaixo de um pé de plátano. Nicolai ficou surpreso com o pensamento de Gustavo.
Ele contou que pensa nas pessoas que morreram. Gostaria de saber para aonde elas vão depois que morrem. Nicolai nunca tinha pensado nisso. De repente, veio-lhe a lembrança do falecimento de seu avô.
Ele não entendeu direito o que aconteceu no velório. Achou estranho seu avô ficar ali deitadinho o tempo todo. Nunca acordava. Nunca se levantava para conversar com as pessoas que vieram vê-lo.
Mas uma coisa curiosa ele observou. As pessoas vinham até ele e diziam: “Oh, querido Nicolai. Vovô virou uma estrelinha e foi morar lá no céu!”
Gustavo disse que, um dia, sentiu vontade de ficar de ponta-cabeça no sofá da sala de sua casa. Só não ficou porque o sofá era novo e sua mãe, mais que depressa, estabeleceu uma relação enorme de combinados. Os dois riram e ouviram o toque do sinal. Era aula de robótica.
Ao término da aula, logo que viu sua mãe, Nicolai perguntou para aonde vão as pessoas que morrem. “Elas dormem” – disse ela. Aí que ele não entendeu mais nada. Então ele teve um daqueles pensamentos bobos: “Então é assim que serei quando crescer?” Os adultos são tão estranhos.
No outro dia, assim que chegou à escola, viu que algo tinha acontecido. Uma de suas coleguinhas, Elizabete, chorava e estava abraçada com a professora. Depois que todos se sentaram, a professora contou que uma coisa triste tinha acontecido. Ela disse que o irmãozinho de Elizabete ficou doente e não resistiu à leucemia.
Ela explicou que se tratava de uma doença grave e que era muito difícil encontrar um doador de medula óssea compatível.  
Nicolai então se levantou e foi até Elizabete. A professora apenas observou. Os demais alunos, em silêncio, também observavam.
— Tenha calma – disse ele. Seu irmãozinho agora é uma estrelinha lá no céu. O caminho é longo e por isso ele tirou um cochilo até lá. Fique tranquila. Ele dorme.

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Cadeira nº. 1:
Patrono: Antônio Delgado Martinez

Entrevista da ACAL para o site pontaporainforma

Por: Dora Nunes e Tião Prado


Entrevista com o Presidente da ACAL Rogério Fernandes Lemes.

domingo, 11 de agosto de 2019

Nota de pesar

Nascimento: 14/11/1956 - Falecimento: 11/08/2019

Membro da Academia Amambaiense de Letras (ACAL), Viviane faleceu neste domingo (11/08), em Amambai, MS às 15h35

O Presidente da ACAL, Rogério Fernandes Lemes, juntamente com seus membros fundadores e correspondentes lamenta a morte da professora Viviane Scalon Fachin, ocorrida neste domingo (11/08), na cidade de Amambai, MS. Membro da Academia Amambaiense de Letras, Viviane tomou posse no dia 26 de setembro de 2018 e ocupava a cadeira de número 9, tendo como Patrona Marlene Vilarinho Albuquerque.

Doutora em História, Mestre em Educação, Graduada em História, Viviane era Professora adjunta da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, na qual ministrava aulas nos cursos de graduação em História e nos Mestrados Profissional em Ensino de História (ProfHistória) e em Desenvolvimento Regional e de Sistemas Produtivos. Fez pesquisas em Educação e História Social e, entre suas últimas publicações, estão artigos na Revista Arandu/2017, na Revista Internacional de Ciências Sociais Aplicadas da UNIGRAN/2016, na Revista Eletrônica Política e Trabalho, da Universidade Federal da Paraíba/2016.
Em 1981 ingressou na carreira do magistério iniciando suas atividades, como professora, de História na Escola Estadual Coronel Felipe de Brum; ministrou aulas também nas Escolas Estaduais Dom Aquino Correia, Filinto Müller e Vespasiano Martins, também foi professora nas escolas privadas Terra Mater, CELQ e Fiama.
No ano de 1995 foi indicada para o cargo de Gerente da Unidade Universitária, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) em Amambai, no qual permanece. Nesse ínterim complementou seus estudos em História, fez Mestrado em Educação pela UFSCar, foi aprovada em concurso público na UEMS e fez Doutorado em História pela UFGD.
Entre suas publicações sobre a História de Mato Grosso do Sul destacam-se as obras “Diálogos entre Dourados e Assunção: Brasil e Paraguai além da Fronteira Guarani” (2012), da qual foi organizadora e conta com um capítulo; “Mato Grosso do Sul: temáticas transversais para o desenvolvimento” (2016), na qual contribuiu com um capítulo, e o artigo “Reordenamento de terras no sul de Mato Grosso do Sul” (2016), publicado na Revista Política e Trabalho da UFPA. Também contribuiu na organização de “África e afro-brasileiros na Educação: apontamentos para discussão em sala de aula” (2013), tem publicação sobre Educação, na obra “Pesquisa e Educação para a formação de professores” (2014) e sobre Reforma Agrária – Brasil e MS em “Dimensões do contemporâneo: uma abordagem integrada” (2017).

PUBLICAÇÕES
Em capítulos dos livros: 
“Mato Grosso do Sul, temáticas transversais para o desenvolvimento”, 2016;
“Dimensões do conhecimento”, 2017;
“Amambai 70 anos de História”, 2018; e,
“Os bandeirantes e a historiografia brasileira”, 2018.

ORGANIZADORA
“Diálogos entre Dourados e Assunção: Brasil e Paraguai além da fronteira guarani”, 2016; e,
“Amambai 70 anos de História”, 2018.

DATA DE NASCIMENTO
14 de novembro de 1956.

DATA DO FALECIMENTO
11 de agosto de 2019.

Ata nº. 1 (Reunião Ordinária) Agosto de 2019

Às nove horas e trinta minutos do dia quatro de agosto de 2019 reuniram-se na Biblioteca Municipal, na Rua: Rui Barbosa, nº. 3572, na Vila Primavera em Amambai, MS os seguintes membros fundadores da ACAL, por ordem de suas cadeiras: Rogério Fernandes Lemes; Dorineide Macedo Nunes Prado; Albertino Fachin Dias; Aldair Lucas Carvalho; Edirley Viana Vieira; José Carlos de Oliveira Robaldo; Diobelso Teodoro de Oliveira; e, Daniel Sabino. Justificaram as faltas: José Carlos da Silva (cirurgia realizada); Ailton Salgado Rosendo; Odil Cleris Toledo Puques; Cleber de Araújo Arantes; Ricardo Pallaoro; Viviane Scalon Fachin (tratamento de saúde); Almiro Pinto Sobrinho; João Urague Filho; Ramão Ney Magalhães; Iolete Moreira; Maria Margareth Escobar Ribas Lima; e, Christian Pissini. O Presidente Rogério iniciou a reunião com agradecimentos aos presentes, em especial ao Prof. José Carlos Robaldo que veio de Campo Grande e Dora Nunes, que veio de Ponta Porã. Fez a leitura da convocação referente à reunião ordinária realizada na supracitada data. Em seguida, falou sobre a Lei Municipal nº 2.603/2018 que instituiu em Amambai a Semana Municipal de Leitura como uma importante conquista para a literatura local, bem como os eventos que acontecerão, anualmente, no período de 23 a 30 de outubro. O confrade Edirley falou dos projetos de leitura que acontecem nas escolas municipais e da necessidade de doação de livros. A Escola Municipal Maria Bataglin Machado recebeu doações de confrades da ACAL. Houve também a sugestão de conversas com a Presidenta da Câmara, a vereadora Janete Córdoba e com o Prefeito, o Dr. Bandeira a fim de mostrar as demandas em relação à aquisição de livros dos autores da ACAL, por parte do município. O Presidente Rogério falou da realização da obra “Encontro Amambaiense de Escritores e Convidados”, com previsão de lançamento em outubro de 2019. Falou da interação com a SEMED na realização e execução de um Concurso Literário envolvendo toda a rede de ensino de Amambai, transformando o resultado em livro, com apoio do poder público (Legislativo e Executivo). Na ocasião, o confrade Robaldo sugeriu uma coletânea com poemas e textos, pois, segundo ele, a leitura será menos cansativa. As escolas trabalhariam com textos da coletânea com o intuito de divulgar a academia e, consequentemente, o trabalho dos acadêmicos amambaienses. Robaldo solicitou, ainda, a mudança no horário das reuniões da ACAL, de preferência aos sábados, às 18h. Solicitação aceita e aprovada. O confrade Daniel Sabino disse que ficou muito próxima a reunião e que, para as futuras, avisar com antecedência. Justificou-se o Presidente Rogério de que a demora ocorreu devido à organização da ACAL, bem como aproveitar a oportunidade para garantir a participação de membros que residem fora do município. Ficou acordado a elaboração de um cronograma prévio com as datas, bimestrais, e horário definido. O confrade Edirley solicitou mais participação dos acadêmicos e mais programação literária; ele vê que o Poder Público está pré-disposto a ajudar e, a Academia, é importante aliada no fortalecimento da literatura local. Isso é evidente tanto no Legislativo quanto no Executivo. Segundo Edirley, a ACAL se fortalece somente com a participação de todos os seus acadêmicos. A confreira Dora Nunes sugeriu um banner no site Ponta Porã Informa, com o link que redirecione ao Blog da ACAL, a fim de que as pessoas tenham acesso. O confrade Daniel complementou que, após a confecção, as pessoas terão acesso à produção literária dos acadêmicos. O confrade Edirley falou da importância da participação dos acadêmicos nos lançamentos de livros. Rogério falou da importância da abertura de edital oferecendo vagas para ocupação de novas cadeiras na ACAL, a fim de motivar novos escritores. O confrade Robaldo disse que os textos refletem o que os autores pensam e que, uma vez publicados, surgirão críticas e julgamentos sendo, portanto, imperioso que todos tenham responsabilidade literária para bem elevar o nome da ACAL. Foi falado também da reunião da ACAL que será bimestral e que ocorrerá aos cinco dias do mês de outubro de dois mil e dezenove, às dezoito horas, na Biblioteca Municipal de Amambai. As demais reuniões acontecerão no primeiro sábado do bimestre. O Presidente Rogério falou da parceria no Blog da ACAL e da postagem por parte dos acadêmicos. Basta enviar no e-mail acalamambai@gmail.com e que tal aviso foi publicado no grupo da ACAL no WhatsApp. Rogério reforçou a ideia de que o Blog é a academia aberta na internet; e que toda publicação tornar-se-á em conhecimento literário para futuras pesquisas, por parte de alunos e pesquisadores. Para a atualização do Blog da ACAL é importante organizar dos seguintes aspectos: fotos, dados completos dos patronos, currículo do acadêmico atualizado, lançamentos de livros e atividades literárias, no geral. Em relação ao aniversário da ACAL, os confrades presentes definiram pela realização de um Sarau, com data a confirmar nos próximos dias. Sugeriu-se uma Roda de Conversas com Escritores, no período vespertino nos dias 11 ou 13/09/2019, na Escola Estadual Vespasiano Martins, ainda a confirmar pelo confrade Albertino. Ficou agendado o fia 14 de setembro para participação da ACAL no Programa Universidade e Sociedade, na Rádio Auxiliadora FM. Falou-se também da Semana Municipal da Leitura, que ocorrerá de 23 a 30 de outubro. O confrade Rogério sugeriu um espaço no Blog da ACAL para divulgação dos trabalhos dos alunos amambaienses. Falou, ainda, da sugestão do confrade Cleber de Araújo Arantes para a realização de um Concurso Literário com alunos das escolas de Amambai. Uma Comissão Organizadora será nomeada com a participação de membros da ACAL em conjunto com a Secretaria Municipal de Educação; tal proposta foi aprovada por unanimidade. Sobre o lançamento de livros, todos concordaram que aconteçam durante a Semana Municipal da Leitura, entre os dias 23 a 30, sendo os melhores dias na sexta e sábado, para facilitar a participação dos leitores. No dia 10 de outubro haverá o lançamento do livro do escritor Paulo Manvailer que é Correspondente da ACAL pelo Estado de Rondônia, e tem como Patrono Alcyr Serejo Manvailer. Decidiu-se que a ACAL manterá contato com a Câmara de Vereadores, a fim de fazer o lançamento do livro “Encontro Amambaiense de Escritores e Convidados” no dia 26 de outubro de 2019, às 18h. O confrade Aldair sugeriu, como correspondente da ACAL no Chile, a escritora Carolina Katrala. Sugestão aprovada. Sobre a 31ª EXPOBAI que ocorrerá nos dias 05 a 08/09/2019, falou-se da locação de barracas a fim de expor o material da ACAL, oportunidade para os escritores divulgarem seus livros publicados e conceder autógrafos aos leitores. Ainda durante a reunião, falou-se sobre a confreira Viviane que se encontra em tratamento de saúde e que o confrade Albertino levantaria informações para repassar ao grupo. Falou-se, também, do Encontro dos Amambaiense que ocorrerá de 12 a 14/09/2019. O jornal da ACAL teve também espaço nas discussões, onde terão colunas para publicação de poesias, contos, literatura de cordel, crônicas e artigos. Surgiram dois nomes para o jornal: Letras Amambaienses e Letras da Cidade Crepúsculo. Posteriormente, todos os vinte acadêmicos escolheram entre três opções de nomes para o jornal: Letras Amambaienses; O Crepúsculo; e, Vozes Imortais. Letras Amambaienses foi o grande vencedor. Outra ideia cogitada é a possibilidade de um espaço no jornal A Gazeta, com o diretor Clésio, para divulgação semanal da produção literária da ACAL. O confrade Robaldo sugeriu a definição sobre a mensalidade que será destinada em função da ACAL, sendo de R$ 240,00 (duzentos e quarenta reais) com pagamento à vista ou em três vezes, sugeriu também a lista de quem efetuou o pagamento. O valor de duzentos e quarenta reais foi o definido no início da confraria, em 2018. Robaldo sugeriu uma homenagem para o confrade e presidente da ACAL por ter iniciado a criação da Academia Amambaiense de Letras. A ACAL foi registrada com o seguinte CNPJ: 31.626.501/0001-01. Rogério sugeriu a criação de um Prêmio Literário Prof. Antônio Delgado ou Ernesto Vargas Batista. O Troféu será concedido anualmente, para um literário indicado pela Câmara Municipal, a partir de sua produção literária. Os poderes Legislativo e Executivo serão informados, oportunamente, sobre a criação do referido prêmio. Não havendo mais nada a ser tratado, encerrou a reunião às 11h42 sem maiores alterações. Eu, José Carlos da Silva, Secretário-Geral da ACAL, com auxílio da Acadêmica Dora Nunes, redigi e lavrei a presente Ata, que vai assinada por mim, o Presidente e demais confrades presentes.



JOSÉ CARLOS DA SILVA
Secretário-Geral da ACAL
Cadeira nº. 2



DORINEIDE MACEDO NUNES PRADO
Secretária Ad hoc
Cadeira nº. 4



ROGÉRIO FERNANDES LEMES
Presidente da ACAL
Cadeira nº. 1

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

SONETINHO DE AMOR FINGIDO

Um poema quando nasce
Traz no seu bojo uma dor
Ainda que o mesmo fale
Das coisas lindas do amor.

Ainda que só bendiga
As coisas belas ressalte
Tem não sei quê que se diga
Num poema quando nasce.

Ainda que ninguém veja
Um verso quando nascido
Quando o vate é satisfeito. . .

Tem qualquer coisa que seja
Muito além do seu rabisco
Qual fosse uma dor no peito!

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Ir para a página de João Urague Filho
Cadeira nº. 13:

Representatividade dos Estudantes Indígenas no Ensino Superior: Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul Unidade Universitária de Amambai

No início do século XXI o debate sobre as Políticas Afirmativas se intensificou no âmbito das Universidades brasileiras e as cotas passaram a ser discutidas na comunidade universitária e órgãos colegiados. O princípio que norteava o processo era promover igualdade de acesso ao Ensino Superior para as minorias raciais e étnicas, entre as quais se inserem os indígenas Kaiowá e Guarani, uma população significativa de povos originários que habita a região sul do estado de Mato Grosso do Sul.

Foi nesse contexto que a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), instituição de ensino superior pública, regida em âmbito estadual, passou a discutir em seus Conselhos Superiores uma maior inserção dos indígenas em seus cursos.

A população do estado de Mato Grosso do Sul, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE/2010), se constitui de 2.449.341 (dois milhões, quatrocentos e quarenta e nove mil e trezentos e quarenta e um) habitantes, sendo que dentre estes 2,99% são indígenas.

Os povos originários em Mato Grosso do Sul representam a segunda maior população do país num total de 73.295 índios que perfazem 8,96% do país. As etnias Kaiowá e Guarani têm seu território localizado no cone sul do estado de Mato Grosso do Sul, ocupando principalmente a bacia hidrográfica do Rio Paraná que banha os municípios de Dourados, Amambai, Caarapó, Juti, Antônio João, Coronel Sapucaia, Laguna Carapã, Ponta Porã, Rio Brilhante, Maracaju, Sete Quedas, Eldorado, Iguatemi, Japorã, Bela Vista, Paranhos.

O Censo de 2010 informa que a população Kaiowá e Guarani é composta de aproximadamente 50 mil habitantes, distribuída por mais de 30 aldeias (LANDA, 2014).

Partindo dessa percepção e na conjuntura em questão, no ano de 2002 foi sancionada a Lei Estadual nº. 2.589, que determinou a reserva de 10% das vagas para alunos indígenas, na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Essa legislação foi regulamentada pelo Estado, ouvidas as lideranças dos movimentos indígenas e a comunidade acadêmica, em todos os cursos oferecidos nas 15 Unidades Universitárias situadas nas cidades de Amambai, Aquidauana, Campo Grande, Cassilândia, Coxim, Dourados, Glória de Dourados, Ivinhema, Jardim, Maracaju, Mundo Novo, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba e Ponta Porã (Idem).

Foi a partir do vestibular de 2003 que os estudantes indígenas passaram a concorrer, entre seus pares, nos vestibulares da UEMS e a ingressar no ensino superior público estadual de Mato Grosso do Sul. Embora a divulgação da adoção dessa política afirmativa, ainda assim a procura inicial foi muito tímida e as inscrições não ocorreram no número esperado, haja vista a quantidade de estudantes indígenas registrados pelo censo escolar da Educação Básica, no estado de Mato Grosso do Sul.

Assim, no intuito de apresentar a evolução da inserção dos indígenas no Ensino Superior em Mato Grosso do Sul, foi feito um recorte espacial por meio do qual selecionamos o município de Amambai/MS, que conta, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE/2010), com uma população indígena de 7.158 habitantes, bastante significativa se levarmos em conta que a população de Amambai, por esse mesmo censo foi de 34.730.

Segundo dados levantados anteriormente e já publicados “Além dos indígenas que habitam as reservas e Aldeias do município, há que se considerar a população urbana e a das cidades circunvizinhas que também concentram grande número de indígenas” (FACHIN, 2017, p. 194).

No ano da adoção ao sistema de cotas na UEMS, na Unidade Universitária de Amambai, em 2003 passou a ser ofertado o curso de História e em 2008 o curso de Ciências Sociais, ambos, licenciaturas visando atender a demanda por professores dessas áreas na Educação Básica. Os levantamentos feitos pela Secretaria Acadêmica da Unidade demonstram que no primeiro ano da adoção de cotas pela UEMS, em Amambai não houve procura e que apenas em 2004 ingressaram dois estudantes indígenas no curso de História. 

No ano de 2005 apenas um indígena ingressou e no ano de 2006 não houve nenhum ingressante, voltando a ter uma matrícula no ano de 2007. Importante ressaltar que o regime de cotas é uma forma de acesso ao Ensino Superior, que não garante por si só a permanência desses estudantes, que precisam se deslocar, não raro mais de 50 quilômetros de suas moradias até a Universidade, todos as noites, visto que estamos falando de cursos noturnos.

Embora todas as dificuldades, no ano de 2008, no curso de História ingressaram seis estudantes, três em História e três em Ciências Sociais, no seu primeiro vestibular. Foi a partir de 2008 que, na Unidade Universitária de Amambai, dois cursos passaram a ser ofertados, concomitantemente. 

No ano de 2009 foram matriculados cinco estudantes indígenas no curso de História e nenhum em Ciências Sociais, já em 2010 uma matrícula se efetivou em História e quatro em Ciências Sociais. No ano de 2010 a UEMS se credenciou no Sistema de Seleção Unificada (SiSU), programa criado pelo governo federal, gerenciado pelo Ministério da Educação (MEC), que seleciona candidatos participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), para ingressar nas universidades federais e estaduais. 

Nos anos de 2011, 2012 e 2013 também não houve número expressivo de matriculados, sendo três em História e quatro em Ciências Sociais, quatro em História e nenhum em Ciências Sociais, quatro em História e três em Ciências Sociais, respectivamente.

Nos anos subsequentes o crescimento das matrículas dos estudantes indígenas foi significativo, a partir de 2014 nove estudantes ingressaram nos cursos ofertados na Unidade Universitária de Amambai, quatro em História e cinco em Ciências Sociais. Em 2015, foram dez ingressantes, cinco em História e cinco em Ciências Sociais, em 2016 seis ingressaram em História e nove em Ciências Sociais. 

Mas foi em 2017 que a evolução se mostrou realmente consolidada, ingressaram neste ano nove estudantes indígenas no curso de História e oito em Ciências Sociais. E em 2018 tivemos dezesseis alunos indígenas matriculados em História e dezenove em Ciências Sociais. 

Atualmente contamos com 58 estudantes indígenas matriculados e frequentando os cursos de História e Ciências Sociais, são alunos dedicados e assíduos, embora dependam do transporte propiciado pelas Prefeituras de Amambai, Tacuru e Coronel Sapucaia que, muitas vezes não circulam devido as diversidades dos calendários letivos e/ou feriados municipais. O que podemos ressaltar é que o sistema de cotas possibilitou a população originária, acesso a Universidade, considerando que é uma população significativa, constituída em grande parte por jovens, que ocupam as áreas de reserva próximas às cidades, convivendo diariamente com a população não índia, o que propicia condições para que busquem no Ensino Superior tendo “[...] como provável explicação a necessidade destes na formação de lideranças com aquisição de conhecimentos fundamentais, que possam ser utilizados na defesa dos direitos indígenas [...]” (CORDEIRO, 2008, p. 41), dando-lhes visibilidade e oportunidade de procurarem melhores condições de vida por meio da Educação.

Referências bibliográficas
CORDEIRO. M. J. J. A. Negros e Indígenas cotistas da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul: desempenho acadêmico do ingresso à conclusão do curso. São Paulo. PUC. 2008.
FACHIN, V. S. Revista Desenvolvimento, fronteiras e cidadania, vol. 1, nº. 1, pp 182-204, jul/2017.
LANDA, B. S.; VIANA, F. L. B.; AUGUSTO, E.; FERREIRA, E. M. L.; AGUILERA, H.; A. Indígenas no Ensino Superior: as experiências do programa Rede de Saberes, em Mato Grosso do Sul, 1. ed. RJ: Editora E-papers, 2014. 192p.

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Cadeira nº. 9:
Patrona: Marlene Vilarinho Albuquerque

A Harmonia entre as famílias

O Salmo 133 é um capítulo da Bíblia, onde Davi o apresenta em forma de poemas para serem cantados em reconhecimento ao poder de Deus. O tema central é a harmonia familiar.

Para que todos pudessem entender o significado e a grandeza da fraternidade e harmonia, o salmista usou dois elementos, de grande valor e bem conhecidos de todos: O Óleo e o Orvalho.

O óleo usado na unção do Sumo sacerdote era extraído das azeitonas que amadureciam no outono. A colheita era feita sacudindo os galhos para que caíssem somente aquelas que estivessem maduras. Depois eram rigorosamente selecionadas, esmagadas e colocadas sobre um cesto para o óleo escorrer livremente, então colocadas em vasilhas de pedra para uma depuração total, extraindo um óleo finíssimo. Este foi o óleo derramado sobre a cabeça de Arão em quantidade suficiente para untar todo seu cabelo, sua barba e suas vestes sacerdotais, significando sua sagração ao serviço santo. Os sacerdotes eram ungidos com óleo como símbolo de benção e missão cumprida. 

O Orvalho Hermom também é símbolo de bênção. É muito interessante saber a importância do Hermom para região. O Hermom é um monte majestoso na fronteira ao norte de Israel, que era conhecido pela precipitação do orvalho refrescante que tornava a região muito produtiva, como um milagre que nasce para beneficiar uma localidade castigada pela seca.

Este foi o meio que Davi usou para demonstram a importância da fraternidade entre os homens e enaltecer a importância da união entre o povo de Deus para que possam viver em harmonia. Usou os dois elementos: o óleo e o orvalho, um por sua qualidade e forma de ser obtido e o outro pela sua importância para região. Esses símbolos são usados em sentido figurado para demonstram a importância da fraternidade entre os homens.

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Cadeira nº. 12:
Patrono: João de Paula Bueno

ABRAÇO

O teu corpo cabe inteiro no meu corpo
Quando me encaixo em você no teu abraço
Eu me reparto em não sei quantos pedaços
E me atraco em você como a um porto.

Encosta assim ao meu teu coração
Cada batida não sabe o dicionário
Vamos ao céu nesse gesto solidário
Ainda que nos fuja a vã razão.

Que eu enfatize minha vida nos teus braços
E que assim seja o teu corpo meu casaco
Pra que eu me vista à rigor no teu abraço!

O teu abraço sabe de cor o meu desejo
Quando eu me recolho nos teus braços
A minha boca declama no teu beijo!

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Cadeira nº. 13:
Patrona: Deolides Segatto Ruhbein

Cordel da Dengue (bilíngue)

Fonte da imagem: Publicação no Correio Braziliense

Cordel da Dengue (bilíngue)

PORTUGUÊS
ESPANHOL
1
A dengue é uma coisa séria
Não é brincadeira não,
Há muitos anos existe,
Descrita na narração,
Agora está mais presente,
Na vida do cidadão.
2
A dengue é uma coisa séria,
Não brinque com ela não,
A Chikungunya nos maltrata,
Causando-nos aflição,
Zica Vírus é o terror,
Que causa destruição.
3
Dentre as três,
A dengue é a mais conhecida,
O sofrimento é grande,
Muitos têm perdido a vida,
Pelo mosquito Aedes aegypti,
A doença é transmitida.
4
Primeiro veio a dengue,
Que faz o povo sofrer,
Também veio a Chikungunya,
Zica Vírus para valer,
Todas doenças perigosas,
Que atrapalham viver.
5
Muitas dores fortes,
A Chikungunya apresenta,
Com sofrimento tremendo,
A pessoa se lamente,
As articulações se comprometem,
E a pessoa não aguenta,
6
A Zica é outra doença,
Que veio atormentar,
Microcefalias nos bebês,
É a forma de arrasar,
Qualquer suspeita da doença,
É preciso se cuidar.
7
Na África e na América...,
Esse mal tem projetado,
No Brasil não é diferente,
Tem deixado o povo assustado,
O avanço das doenças,
Deixa o homem adoentado.
8
Atualmente, no Brasil,
Com força as doenças apareceram,
Por causa das chuvas,
 Que aqui sempre ocorreram,
Nos últimos anos foi terrível,
Muitas pessoas adoeceram.
9
Por isso é importante,
O mosquito conhecer,
É rajado de branco e escuro,
Você percebe ao ver,
Menor que um pernilongo comum,
Mas causa medo para valer.
10
Pica o homem durante o dia,
É atrevido e manhoso,
Crianças, jovens e adultos,
Pica e acha gostoso,
Não perdoa ninguém,
Só para vê-lo dengoso.
11
Pela notícia se vê,
Como o mosquito vem atacando,
Cidades pequenas e grandes,
Ele vem só aumentando,
Não há cafundó do judas,
Que dele está escapando.
12
Parece a praga do século,
Que renasce a cada dia,
Assusta a nação inteira,
Deixa sem força e guia,
Pelo montante de gente,
No meio da agonia.
13
É fila para todo lado
Quase cerca um quarteirão,
Pais e filhos cabisbaixos,
Procuram uma solução,
Buscam a consulta,
Depois a medicação.
14
O mosquito transmissor é esperto,
E tem perseguição,
Em busca de sangue voa,
Não escolhe o cidadão,
Não discrimina ninguém,
Do pequeno ao grandão.
15
Se desenvolve em água parada e limpa,
Pelo jeito era exigente,
Não gostava de sujeira,
Mas agora é diferente,
Para transmitir a doença,
Ruma para o lado da gente.
16
Os sintomas são bastantes,
Dá muita dor de cabeça,
Os olhos também doem muito,
Não há como não amoleça,
Por causa da dor intensa,
Não há como não entristeça.
17
Quarenta graus (40) a febre,
Surge para arrebentar,
Dor nos músculos e nas juntas,
É dor de arrepiar,
Manchas avermelhadas aparecem,
No corpo em qualquer lugar.

18
O doente fica magro,
Porque fome não tem,
A fraqueza é instantânea,
Sangramento dá também,
Vejam que todos juntos,
Somos delas reféns.
19
A pessoa doente,
Em repouso deve ficar,
Beber muita água,
Medicamento não tomar,
Busque a orientação do médico,
Antes de se medicar.
20
Para evitar as doenças,
Não deixe o mosquito nascer,
Acabe com os criadouros,
É a forma de vencer,
Esse pequeno bichinho,
Que faz a gente sofrer.
21
Não pode deixar garrafas,
Pneus nem pensar,
Pratos de vasos de plantas,
Eles podem procriar,
Em xaxim, copo e bacia,
Eles gostam de ficar.
22
Caixas d’água também devem,
Cisternas, tambores tampar,
Qualquer depósito de água,
Precisa observar,
Todo cuidado é pouco,
Para não deixá-lo procriar.
23
É dever de cada um,
Fazer o levantamento,
Cuidar do quintal inteiro,
Enquanto ainda há tempo,
Recolhendo os criadouros,
Existentes no momento.
24
Vire os recipientes,
De boca para o chão,
Assim a água escorrega,
Ligeiro e bem rapidão,
Sem água e a coisa seca,
Não tem procriação.
25
Conheci uma família,
Não acreditava no que via,
Não tinha medo de nada,
Sempre ria e dizia,
Para eles eram livres,
Jamais adoeciam.
26
Das quatro pessoas da casa,
Devagar foram adoecendo,
Era moleza e tristeza,
Do jeito que estavam vivendo,
E por tal enfermidade,
Na vida deles ocorrendo.
27
Depois de adoecer um,
A corrente foi formando,
Pelo menos um por mês,
O mosquito ia derrubando,
Enquanto não derrubou os quatro,
O bicho só foi picando.
28
Ai, ai, ai, ai, ui, ui,
Deus do céu tem piedade,
Dói o corpo todo,
Nunca vi tanta maldade,
Depois que veio a doença,
Findou-se a felicidade.
29
Para a família toda,
Foi um grande sofrimento,
Eram gritos e gemidos,
Da dor naquele momento,
Eram desespero e medo,
Por tal acontecimento.
30
Quem ajudou aquela gente,
Só foi a informação,
No posto de saúde mais perto,
Tiveram orientação,
Sobre a doença toda,
E como sarar então.
31
Por isso o responsável,
Não é um somente,
Cada pessoa deve ser,
Informada e consciente,
Porque é como cuspir para cima,
Recai em cima da gente.
32
Com a união e a força,
De todos os brasileiros,
Com atenção e cuidado,
O resultado é certeiro,
Assim não tem sofrimento,
E nem gasto de dinheiro.
33
Um problema só resolve,
Com postura e jeito,
O conhecimento é estratégia,
Na vida de um sujeito,
Todos têm de estar unidos,
É só fazê-lo direito.
34
É importante que todos,
Tenham cuidado e atenção,
Com o Aedes aegypti,
Devem ter preocupação,
Bicho ruim e perigoso,
Ataca sem direção.
35
Nenhuma pessoa é,
Livre e soberana,
Esse mosquito danado,
Nos irrita e nos engana,
Só começa a reflexão,
Quando cai em cima da cama,
36
Se descuidar são milhões,
Gastos em exame e campanha,
Todos devem ter vontade,
Deixar de preguiça e manhã,
Com o controle das doenças,
O povo somente ganha.
1
El dengue es una cosa seria
No es broma no,
Ha muchos años existe,
Descripto en la narración,
Ahora está más presente,
En la vida del ciudadano.
2
El dengue es una cosa seria,
No brome con ella no,
El Chikungunya nos maltrata,
Causando nos aflición,
Zica Vírus es el terror,
Que causa destruición.
3
Dentre las tres,
El dengue es el más conocido,
El sufrimiento es grande,
Muchos tienen perdido la vida,
Por el mosquito Aedes aegypti,
La enfermedad es transmitida.
4
Primero vino el dengue,
Que hace el pueblo sufrir,
También vino el Chikungunya,
Zica Vírus a venir,
Todas enfermedades peligrosas,
Que dificultan vivir.
5
Muchos dolores fuertes,
El Chikungunya apresenta,
Con sufrimiento tremiendo,
La persona se lamenta,
Las articulaciones se comprometen,
Y la persona no aguanta,
6
El Zica es otra enfermedad,
Que vino atormentar,
Microcefalias en los niños,
Es la forma de arrasar,
Cualquier suspecha de la enfermedad,
Es preciso se cuidar.
7
En África y en América,
Ese mal se ha proyectado,
En Brasil no es diferente,
Há dejado al Pueblo asustado,
Con el avance del dengue,
Deja el hombre enfermado.
8
Actualmente, en el Brasil,
Con fuerza el dengue apareció,
Por causa del ciclo de las lluvias,
Que acá siempre ocurrió,
En los últimos años fue terrible,
Mucha gente enfermó.
9
Por eso es importante,
Al mosquito conocer,
Es de raya blanca y oscura,
Tú percebes al ver,
Menor que un mosquito común,
Pero causa miedo para valer,
10
Pica al hombre durante el día,
Es atravido y mañoso,
Niños, jóvenes y adultos,
Pica y le parece gustoso,
No perdona a nadie,
Sólo para verle “dengoso”.
11
Por las noticias se ve,
Como el dengue viene atacando,
Ciudades pequeñas y grandes,
El viene sólo aumentando,
No hay “acullá de judas”.
Que de él esté escapando.
12
Parece la plaga del siglo,
Que renace cada día,
Asusta a la nación entera,
Deja sin fuerza y guía,
Por el montón de gente,
En el medio de la agonía.
13
Hay fila por todos los lados,
Casi rodea una cuadra, con,
Padres e hijos cabisbajos,
Investigan una solución,
Buscan la consulta,
Después la medicación.
14
El mosquito transmisor es habilidoso,
Y va en persecución,
En busca de sangre vuela,
No elige al ciudadano con atención,
No discrimina a nadie,
Del pequeño al grandallón.
15
Se desenvuelve en agua estancada y limpia,
Por la manera era exigente,
No le gustaba la suciedad,
Es sabido realmente,
Pero para transmitir la enfermedad,
Apunta para el lado de la gente.
16
Los síntomas son muchos,
Da mucho dolor de cabeza,
Los ojos también duelen mucho,
No hay como no abatirse, a esa,
Por causa del intenso dolor,
No hay como no entristezca.
17
Cuarenta grados la fiebre,
Surge para explotar,
Dolor en los muslos y en las articulaciones,
Es dolor de encrespar,
Manchas enrojecidas aparecen,
En el cuerpo, en cualquier lugar.
18
El enfermo se queda delgado,
Porque hambre no tiene,
La debilidad es instantánea,
Hemorragia da también,
Miren que todos juntos,
Somos de él rehén.
19
La persona con dengue,
En reposo debe quedar,
Beber mucho agua,
Medicamentos no tomar,
Busque la orientación del médico,
Antes de medicarse.
20
Para evitar las enfermedades,
No deje al mosquito nacer,
Acabe com los criaderos,
Es la forma de vencer,
Ese pequeño bichito,
Que hace a la gente padecer.
21
No puedes dejar botellas,
Neumáticos ni pensar,
Platos de planteras,
Ellos pueden procrear,
En helecho, vasos y fuentes de plásticos,
Ellos les gustan quedar.
22
Tanques de agua también deben,
Cisternas, tambores tapar,
Cualquier depósito de agua,
Se necesita observar,
Todo cuidado es poco,
Para no dejarlo volar.
23
Es deber de cada uno,
Hacer el levantamiento,
Cuidar del patio entero,
En cuanto todavía hay tiempo,
Recogiendo los criaderos,
Existentes en el momento.
24
Voltear los recipientes,
De boca para el suelo,
Asi el agua escurre,
Bien rápido y ligero,
Sin agua y la cosa seca,
Ellos quedan sin paradero.
25
Conoci una familia,
No creía en lo que veía,
No tenía miedo de nada,
Siempre reía y decía,
Para ellos eran libres,
Jamás se enfermarían.
26
De las cuatro personas de la casa,
Despacio fueron adoleciendo,
Era deblidad y tristeza,
De la forma en que estaban viviendo,
Y por tal enfernedad,
En el medio de ellos ocurriendo.
27
Después de enfermarse uno,
Una cadena se fue formando,
Por lo menos un por mes,
El mosquito iba derrubando,
Mientras no derrubó a los cuatro,
El mosquito sólo fue picando.
28
Ai, ai, ai, ai, ui, ui,
Dios del cielo tiene piedad,
Duele todo el cuerpo,
Nunca vi tanta maldad,
Después que vino la molestia,
Terminó la felicidad.
29
Para toda la familia,
Fue un grand sufrimiento,
Eran gritos y gemidos,
De dolor en aquel momento,
Era desesperación y miedo,
Por tal acontecimiento.
30
Quien ayodó aquella gente,
Sólo fue la información,
En el puesto de salud más cercano,
Tuvieron la información,
Sobre toda la enfermedad,
Y como sanar entoces.
31
Por eso el responsable,
No es uno solamente,
Cada persona debe ser,
Informada y consciente,
Porque es como escupir para arriba,
Recae sobre la gente.
32
Con la uniõn y la fuerza,
De todos por entero,
Con atención y cuidado,
El resultado es certero,
Así no hay sufrimiento,
Y ni gasto de dinero.
33
Uno problema sólo se resuelve,
Con postura manera y “pecho”,
El conocimiento es estrategia,
En la vida de un sujeto,
Con el conocimiento,
Es sólo hacerlo derecho.
34
Es importante que todos,
Tengan cuidado y atención,
Con el Aedes aegypti,
Debemos tener preocupación,
Mosquito ruin y peligroso,
Ataca sin dirección.
35
Ninguna persona es,
Libre y soberana,
Ese mosquito terrible,
Nos irrita y nos engaña,
Sólo comienza la reflexión,
Cuando cae sobre la cama.
36
Si te descuidas son millones,
Gastos en exámenes y campañas,
Todos deben tener voluntad,
Dejar la pereza y la maña,
Con el control del dengue,
El Pueblo solamente gana.
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Cadeira nº. 2:
Patrona: Maria Orozina de Oliveira Martins