Em tempos sidos a fronteira
da grande nação paraguaia
e a brasileira foi banhada,
não pela chuva serôdia,
mas por la sangre derramada.
O homem é capaz
de abandonar a paz
e na sua animalidade,
– e é bom não depreciarmos os animais
porque agem por instinto –
usaram da mais alta crueldade.
Chicos muy chicos
sacam as armas
sem saber manejá-las
velhos, muitos de bengalas,
vão para o combate
e no embate final
morrem à balas.
O grande temor abala os pequenos
e o Conde D’Eu
com muito veneno em seu eu,
numa justiça cega
manda tocar fogo na macega,
onde a morte venceu.
Como é duro imaginar
las madrecitas, guaranis bonitas
sobre seus filhos
vê-las chorar.
Quanto vale uma vida?
Uma fronteira mais larga?
Ou mais comprida?
Ver um povo sucumbido
simplesmente por ter crescido
mais do que “deveria”?
Enquanto isso:
O inglês ria, o brasileiro sofria,
na sua consciência, de que por falta de ciência,
usara sem propósitos
a sua artilharia.
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Cadeira nº. 10:
Patrono: Lourino Jesus de Albuquerque
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