BIOGRAFIA
Ramão Ney Magalhães nasceu no dia 25 de agosto de 1935 em Ponta Porã, MT. É produtor Rural no Mato Grosso do Sul. Ocupou os seguintes cargos de destaque: Presidente da Associação Rural de Ponta Porã; Presidente da Cooperativa Mista Agropecuária de Ponta Porã; Assessor de Pedro Pedrossian, na Casa Civil; Delegado Federal do Ministério da Agricultura, MS e Líder Sindical Rural. Foi o Co-Fundador da FAMASUL.
OBRA PUBLICADA
“Um Século de histórias – Sul do MT – Território de Ponta Porã – Sul do MS”, 2013.
DATA DE POSSE
26 de setembro de 2018.
CADEIRA
15
PATRONO
Ernesto Vargas Batista (Patrono da ACAL).
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NOVOS PROJETOS
No dia 12 de dezembro de 2024, em Dourados, Ney Magalhães se encontra com o presidente da ACAL, o escritor Rogério Fernandes Lemes para alinharem um projeto literários em três volumes contando as memórias de família pioneiras de Ponta Porã e região.
LANÇAMENTO
“Um século de histórias” lança Ney Magalhães
Produtor lança livro sendo protagonista da origem e transformação do desenvolvimento do Mato Grosso do Sul
O produtor rural ex-líder sindical Ramão Ney Magalhães, associado da Coamo em Amambai, no Sul do Mato Grosso do Sul é um estudioso e historiador, sendo muito conhecido na região de Ponta Porã. Ele acaba de lançar o livro “Um Século de histórias – Sul do MT – Território de Ponta Porã – Sul do MS.
Em 622 páginas, Ney Magalhães resgata por meio de relatos, histórias e imagens, a origem do Sul de Mato Grosso. Com memória invejável ele é um cidadão de Ponta Porã onde nasceu há 75 anos. Sua cidade natal, com 101 anos de existência é conhecida como a “Princesa dos Ervais”. Segundo ele, o memorial descritivo instituído em 1912 demonstrava que a área de abrangência de Ponta Porã incluía a atual região de Dourados e todo o Conesul do Estado, inclusive às áreas de fronteira com o Paraguay. Nos seus 19 anos, em 1832, a população do Município era um somatório dos povoados de Ponta Porã, Antonio João, Dourados, Iguatemi e Amambai.
No prefácio do livro, Fábio Trad escreve que se trata de “uma obra que nasce com a vocação da permanência e por isso mesmo sólida na sua missão de difundir conhecimento e democratizar a cultura. Ney Magalhães era sublinhado como a principal fonte de revivescência da formação histórica do sul do Mato Grosso.”
Para o jornalista João Natalício de Oliveira, o autor sempre foi estudioso e pesquisador sobre as origens dos pioneiros que trabalharam na fronteira e chegaram em 1870, na primeira colonização do Estado do Mato Grosso. O avô de Ney Magalhães, Luiz Pinto de Magalhães veio em uma das caravanas pioneiras do Rio Grande do Sul ao Mato Grosso. “A obra mostra não só o desenvolvimento político e econômico do então estado do Mato Grosso, a criação do Estado do MS, o crescimento da pecuária e a transformação da região com o fim do capim barba de bode por imensas lavouras de soja”, relata.
PRIMEIRA INVASÃO GAÚCHA - O historiador conta que na última década de 1800 seus avós rio-grandendenses da fronteira com o Uruguay e Argentina atrelaram os bois às carretas e partiram dos rincões gaúchos de Bossoróca, no 3º Distrito de São Luiz Gonzaga. As primeiras famílias oriundas do seu estado natal se estabeleceram na região e ajudaram na construção da região com muito trabalho, esforço e suor, sendo precurssores da conhecida “Primeira Invasão gaúcha” no Mato Grosso. “Eles amaram-se de coragem para povoar este Sul de Maravilha.” Segundo relatos, o primeiro acampamento aconteceu na Cabeceira da Lagoa do Paraguay, conhecida como Laguna Porã.
COOPERATIVA É A SOLUÇÃO – O desenvolvimento da região foi impulsionado pelo plantio, cultivo e comercialização da erva-mate, sendo a Companhia Mate Laranjeira, onde tudo começou com a exportação de erva-mate, produzindo as primeiras riquezas. Com a manchete “Cooperativa de Mate“ no jornal A Folha do Povo de Ponta Porã em 1º de abril de 1935, o setor ervateiro deu os primeiros passos para a valorização do cooperativismo que se tornou responsável pela importante fase de desenvolvimento dos anos quarenta na então região mato-grossense.
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Ney Magalhães com o Agrônomo Thomas Pereira Gomes |
Magalhães conta que um marco no desenvolvimento da região deu-se quando sob a presidência do gaúcho e ditador nacionalista Getúlio Dornelles Vargas foi incentivada a organização de cooperativas de produção e comercialização, com o slogan ´Cooperativismo é a solução´. Os ervateiros seguiram seu caminho e organizados formaram cooperativas de produtores de mate e os dividendos da produção e comercialização da erva-mate foram crescendo e melhores distribuídos aos seus integrantes.
FASES – O historiador elenca o surgimento da Federação das Cooperativas de Amambai, o Território Federal de Ponta Porã, a instalação do Sindicato Rural, a exploração de madeiras com a consequente formação de pastagens artificiais, nas fases iniciais mais importantes para o desenvolvimento da região.
SEGUNDA INVASÃO GAÚCHA – A segunda colonização gaúcha, conhecida também por “Segunda Invasão Gaúcha” aconteceu nos anos 1969/70, resultou na implantação das lavouras mecanizadas formadoras do agronegócio. “Isso foi um fator que propiciou o progresso e condicionou dez anos depois a criação do Estado do Mato Grosso do Sul. Segundo Magalhães, o Município de Amambai teve o privilégio de receber os primeiros colonos agro-empresários vindos do Sul do Brasil para o Sul do MT.
NOVO ESTADO - Em 11 de outubro de 1977 o presidente do Brasil, Ernesto Geisel assinou a Lei Complementar 31 que criou o Estado do Mato Grosso do Sul, em área desmembrada do Mato Grosso. Geisel nomeou para administrar o novo Estado o funcionário público engenheiro Harry Amorin Costa, do Departamento Nacional de Obras e Sanamento (DNOS), hoje extinto.
A agropecuária no MS
Para Nei Magalhães, o produtor Armando Derzi, cooperativista e sindicalista foi um dos mais importantes para a difusão da brachiária que praticamente revolucionou a pecuária no Sul do Mato Grosso. Foi em 1973 que a agricultura tecnificada teve uma nova fase na região do Mato Grosso do Sul com a chegada dos produtores do Sul do país, responsáveis pelo pioneirismo do sistema de plantio direto na palha.
A CHEGADA DA COAMO – Completando dez anos da chegada da cooperativa à região, Magalhães comemora e diz estar satisfeito com a difusão do cooperativismo e a política de trabalho implantada na administração do presidente da cooperativa José Aroldo Gallassini. “A Coamo mudou o cenário e ajudou a transformar para melhor a nossa atividade agrícola, hoje é bem diferente, pois tudo o que precisamos encontramos na Coamo e também na Credicoamo, que é o banco dos associados da Coamo”, explica. Ele lembra que no 1º Encontro Nacional de Soja em Campo Grande, na década de 80, havia feito convite a Gallassini para que a Coamo investisse no Mato Grosso do Sul.
PROGRESSO - “Diferente de quando descarregamos produtos nas ruas alfaltadas, hoje temos armazéns na cooperativa, vendemos no momento que melhor entendermos e recebemos à vista. Olhando para trás, vejo que com muitas lutas sindicais e vontade de produzir bem e com rentabilidade alcançamos o progresso, com dias melhores, consolidando a cultura mecanizada.”
SUL MARAVILHA - “Assim, sob a bandeira do Mato Grosso ainda unificado, nascemos e vivemos até os primeiros tempos da moderna agricultura tecnificada. Mas o Sul Maravilha foi emancipado com o belo nome de Mato Grosso do Sul, nossa nova querência”, afirma o produtor e líder sindical, ex-presidente do Sindicato Rural e ex-delegado da Famasul.
Fonte da publicação: Jornal Coamo
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