Poesia dependura palavras
metamorfose suspensa na parede,
atravessam o olhar do avesso
atropelando a metonímia do verso.
O olhar de cada metáfora
faz soar a música do tempo
escorrega o acorde lusitano de Naveira
ao seu divino “sangue português”.
Na esteira do luar
gotejam pingos de alegria
“passa boi passa boiada”
ninguém vê a travessia.
Joaquim Moncks protesta:
“confessionário íntimo”,
colhe pedaços de palavras,
burila caldo de saudade
lapidando versos.
Carpinejar recomenda
o avesso do verso,
estranhamento é preciso,
carpindo de repente
a magia da palavra.
Todo leite derramado
sacode a poeira do orvalho
desenha letras em linhas tortas
retira pedaços perdidos.
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Cadeira nº. 18
Patrono: Hilton Pereira Vargas
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