segunda-feira, 13 de novembro de 2023
Paralaxe
terça-feira, 7 de novembro de 2023
Rogério Fernandes lança livro infantil na III FELIT-MS
quarta-feira, 1 de novembro de 2023
Sinapses da infância
O menino saiu pelo campo
Logo depois da chuva
Amava sentir a refrescância na sola dos pés
Ao pisar a grama molhada.
Seus olhos atentos à superfície do chão
Em busca das tenras e inigualáveis guaviras
Que explodiam no céu da sua boca
Em um misto de vislumbre e sinestesia
Do mais verdadeiro paraíso.
Ao percorrer toda a extensão
Sempre colidia com a casinha de palha
Sustentada por varotes de cambará
“Lenha de bugre”, sempre ouviam lhe dizer
Mas não entendia o que significava.
Queria adentrar ao casebre à beira do brejo
Impregnado com o cheiro da fumaça constante
Do crepitar do cambará partindo em brasas
Ansiava pelo evento que mais iguala os seres vivos:
O alimentar-se cotidianamente.
A iguaria era simples: mandioca cozida
Imersa em graxa quente
Assim vislumbrava o ente devorar seu café da manhã
Totalmente envolto em icônica existência.
O menino sempre que saia pelo campo
Logo depois da chuva, com os pés molhados
E o gosto ainda intenso, da última guavira,
Se deparava com a casinha de palha, à beira do brejo
A observar o alimentar-se do ente
Que rangia os dentes, totalmente imerso
terça-feira, 31 de outubro de 2023
domingo, 29 de outubro de 2023
29 de Outubro - Dia Nacional do Livro
sexta-feira, 27 de outubro de 2023
Amambaiense lança terceiro livro infantil na III FELIT-MS em Dourados
![]() |
Com alunos da E.M. Álvaro Brandão, em Dourados, MS |
segunda-feira, 25 de setembro de 2023
Lançamento do livro de Sady Bianchin
Nosso Membro Correspondente, pelo Rio de Janeiro, o poeta Sady Bianchin lançará em Amambai o livro Escombros do tempo, pela editora Mais Palavras.
O evento acontecerá no dia 28 de setembro, a partir da 19h30, em frente a Prefeitura de Amambai, durante o Sarau Cultural Marco Perará.
quinta-feira, 14 de setembro de 2023
MELO (dia) Pantaneira
Por Helena Pereira
De caminhos de terra e poeira
E de alma aventureira
Os segredos do vento a mil
No coração, a paixão
O Brasil!
De um explorar destemido
Nas trilhas do desconhecido
Do motor se ouve o ronco
Na curva da estrada
A vida ganha cores
Não há jornada cansada
No Pantanal tão imenso
A felicidade é clara
Canta o motociclista
O amor à natureza
Em meio à flora rara
Simplicidade é bússola
O nascer do sol é o guia
A poeira é a escola
O som da moto, melodia
De coragem e sorriso
De alma e coração
A moto e o paraíso
Festejam a sua vida
Feliz aniversário irmão!
Conhecer Helena Pereira
segunda-feira, 11 de setembro de 2023
ACAL esteve presente em mais um lançamento de livro em Amambai
sábado, 19 de agosto de 2023
Escritor amambaiense desenvolve projeto literário em Comodoro, Mato Grosso
A produção literária foi publicada no 6º volume da Coletânea 50 Vozes Poéticas do Brasil, pela Biblio Editora. O projeto, de âmbito nacional, foi idealizado em 2019 pelo escritor e poeta amambaiense Rogério Fernandes Lemes, presidente da ACAL (Academia Amambaiense de Letras).
Da cidade de Comodoro (MT) participam da obra 26 alunos e professores. A Noite de Talentos teve como objetivo principal o lançamento da coletânea e de seus novos poetas. A ideia é motivar e inspirar os estudantes para que coloquem no papel, de forma poética, tudo aquilo que posso angustiá-los, de forma a realizarem uma intervenção positiva, através das letras, na realidade que os cerca.
A Biblio Editora apoia projetos como os da Escola Estadual Dona Rosa Frigger Piovezan, assim como já apoiou projetos semelhantes em Saúde, na Bahia; em Guia Lopes da Laguna, Dourados e Naviraí, no Mato Grosso do Sul.
ALGUMAS FOTOS DO LANÇAMENTO
VEJA TAMBÉM
Estudantes de Guia Lopes da Laguna lançam livro de poesia pela Biblio Editora
terça-feira, 1 de agosto de 2023
Dia do Poeta da Literatura de Cordel
O verdadeiro cordelista
Autoria: Rogério Fernandes Lemes
Há quem diga que o cordel
Só exista no Nordeste.
Fora desse redondel
É cópia e cabra da peste.
Que cordel é nordestino;
Só pode ser genuíno
Se for fruto do agreste.
Me vem um questionamento:
Não posso me apropriar
Deste belo ensinamento;
Dessa arte secular?
O que faz um cordelista?
Se não ser um ativista
Da cultura popular?
Porque tanto estranhamento
E egoísmo no pensar?
É por esse pensamento
Que só faz capenguear.
Mesmo longe do Nordeste
Passando pelo Sudeste,
Não paro de cordelar.
Assim como o nordestino
Eu falo do meu lugar;
Que tem rio cristalino
Onde não pode pescar.
O rio Formoso em Bonito
Reflete o céu infinito,
Que me perco só de olhar.
Que dizer de Manoel
E das coisinhas do chão?
Nós usamos o cordel
Para dar mais expressão;
Divulgar o meu Estado,
Um lugar abençoado,
Que tem Deus no coração.
Se não fosse um cordelista
Homem triste eu seria,
Ou quem sabe um repentista,
Para minha alegria.
Mas o fato é que escrevo;
O cordel é meu enlevo
Vinte e quatro horas por dia.
Certo dia eu conheci;
Já tinha ouvido falar.
Então eu não resisti
E resolvi cordelar.
Comecei quadra fazendo
Sextilha fui aprendendo,
Até a sétima chegar.
Uns diziam que besteira
O negócio de rimar.
Prefiro fazer esteira,
Pois não gosto de pensar.
Só que quando eles ouviam
Muitos deles só sorriam,
Com vontade de escutar.
Verdadeiro cordelista
Escreve aquilo que sente.
Não quer ser exclusivista
Isso o cordel não consente.
Cordel traz interações;
Aproxima regiões
E enaltece nossa gente.
Mas quem é o cordelista?
Me diga, quero saber.
Das letras é alquimista;
Não vive sem escrever.
Escreve verso com rima;
Metrifica ainda por cima,
Coisa linda de se ver.
Eu não nasci no sertão;
Não tive tal privilégio.
Mas amo de coração
E não acho um sacrilégio.
Escrever cordel eu quero;
É meu desejo sincero;
O cordel é meu colégio.
E assim sigo cordelando
Escrevendo cada verso;
Eu levo a vida cantando
No cordel eu vou imerso.
Sei que sou bom cordelista
Me sinto bem ativista,
Neste vasto universo.
Escrevi este cordel
Em forma de brincadeira;
Usei lápis e papel
Pra dizer que é besteira
Dizer que é só nordestino;
Se não for é clandestino,
Pois cordel não tem fronteira.
Cordelistas somos todos,
Do Oiapoque ao Chuí,
Deus me livre dos engodos
Que criticam por aí.
É gaúcho ou nordestino;
Homem velho ou menino;
Cordel também é daqui.
Publicado inicialmente na Revista Criticartes | 1º Trimestre de 2017 / Ano II - nº. 06
quinta-feira, 20 de julho de 2023
ÉS TU, AMAMBAI
Por Helena Pereira
Amambai, oh terra bela, de mil encantos rara,
Onde o sol, em campos de Vacaria, se despede em chama,
Seu calor é viril, sua luz não se compara,
E a beleza do teu entardecer, a todos clama e aclama.
Teu povo, forte e valente, de gentílico tão nobre,
Amambaiense, que em teu solo, com amor labuta,
Na fronteira com o Paraguai, onde o sol se dobra,
E voz da natureza, em teu seio, tão bela se escuta.
Três aldeias indígenas, em teu manto, resistem,
Ecoando histórias ancestrais, em cada amanhecer,
Em teus arredores, cidades vizinhas florescem,
E em teu coração, oh Amambai, todos querem viver.
Teu relevo levemente ondulado, igual mar em calmaria,
Teu céu tão vasto, onde as estrelas fazem morada,
Tua população crescente, em harmonia,
Oh Amambai, és a joia mais preciosa e amada.
Teu fuso horário, em descompasso com Brasília,
Mas em teu tempo, tudo floresce e prospera,
Tua história, oh Amambai, é maravilha,
Tua beleza, em cada canto, sempre se espera.
Oh Amambai, de Mato Grosso do Sul,
Tua poesia se escreve em cada rua e avenida,
Em cada sorriso aberto e em cada gesto,
Amambai, em meu coração, tu és a vida.
Conhecer Helena Pereira
segunda-feira, 10 de julho de 2023
Presidente da ACAL participa de lançamento de livro em Dourados
![]() |
Rogério F. Lemes, Marlene Salomone e Marcos Coelho. |
O presidente-fundador da ACAL, o amambaiense Rogério Fernandes Lemes participou na sexta-feira (7) do lançamento do livro “Inspirações”, da professora douradense Marlene Salomone da Matta laçado pela Biblio Editora.
O evento aconteceu na Câmara Municipal de Dourados, com início às 19 horas e contou com o mestre de cerimônia Rodrigo Pirola, poetas e escritores de Dourados.
Fizeram parte da mesa de autoridades a autora Marlene Salomone da Matta; Marcos Coelho, Presidente da Academia Douradense De Letras (ADL); Rogério Fernandes Lemes, Presidente da ACAL e o editor do livro Inspirações; e, Marcelo Mourão, membro da ADL e vereador de Dourados.
O poeta Marcos Coelho declamou o poema “Lugar em que nasci”, de autoria de Marlene Salomone da Matta. Em seguida o confrade Marcelo Mourão leu o currículo da autora e fez uma apresentação sobre sua atuação na literatura local. Ao final de sua fala, um vídeo foi exibido com fotos e legendas sobre a estreante literária.
A autora recebeu flores e presentes de um grupo de crianças, que antecedeu a fala das personalidades da mesa. Primeiramente fez uso da palavra o presidente Rogério, que abordou a produção do livro Inspirações, bem como, todo o processo editorial. Em seguida o presidente da ADL, Marcos Coelho fez suas considerações e, por fim, a autora Marlene Salomone da Matta se apresentou e declamou um de seus poemas. Vale ressaltar que o lançamento contou com expressivo público.
Ao final da solenidade, a autora passou ao momento dos autógrafos nos livros. Certamente um momento especial em sua carreira literária.
CHO(VIA)
Antes de ontem chovia!
Mas chovia e não era covardia
Por ali todos os dias de
Repente chovia de noite ou!
De dia a cada instante chovia, mais a noite!
Do que adiante no dia naquele lugar chovia na Vasta imensidão do dia
Por aqui o por ali talvez chovia.
Neste instante agora chovia! Só não sei aonde Choveu se foi no
Romper da aurora no sol que fazia em plena Madrugada que por ali.
Chovia! Por onde andava chovia mais,
Não se via se por ali chovia!
A claridade que ali clareava chovia,
Mas não se via se por ali
Chovia!
Só nó pôr do sol do amanhecer
Se via que por ali chovia.
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Patrona: Severina Sales Pessoa
terça-feira, 18 de abril de 2023
quinta-feira, 16 de março de 2023
quinta-feira, 26 de janeiro de 2023
Diálogo do silêncio
Por Helena Kolle
Conversamos, falamos muito,
brigamos, gritamos um com o outro,
falamos coisas que machucam,
elogiamos, fazemos pedidos,
juras, promessas, cantadas.
Ficamos horas conversando,
rindo, brincando, gargalhando,
contando fatos, perguntando,
respondendo, fazemos planos,
viagens, namoros, noivados,
casamentos, separações, verdades,
mentiras, fofocas, fatos.
Faz-se compras, vendas, doações,
empréstimos de coisas, casas,
carros, dinheiro, roupas,
móveis, imóveis, animais.
Contamos histórias,
estórias, causos, piadas.
Estudamos todos os tipos
de matérias possíveis,
matriculamos em cursos,
formamos, mostramos nosso desempenho,
criticamos ou/e elogiamos o do outro.
Enquanto isso tudo acontece
podemos estar tão perto
ou tão longe do outro,
mas por aplicativo de texto
isso se faz em segundos
em um diálogo no silêncio.
(Amambai-MS, 15/01/2023).