quinta-feira, 16 de julho de 2020

Che Tiempo Guaré: histórias, historietas e histoestória do Alto Amambai


O autor do Che, Nery da Costa Júnior
O desembargador federal, amambaiense e agora escritor, Nery da Costa Júnior, lança seu primeiro livro, o “Che tiempo Guaré”, com 712 páginas, foi produzido em um período de três anos e meio. Para tal construção literária, primeiramente, o autor foi a campo lançando mão do trabalho de pesquisa das jornalistas Viviane Viaut Moreira e Vânia Galceran. Foram dezenas de entrevistas com personalidades icônicas da história do município de Amambai, muitas delas já falecidas e que são homenageadas ao final da obra, com pré-lançamento previsto para o final deste mês de julho.
A capa foi desenvolvida por Jamil Martins Melo e expressa, segundo Nery, “a vida dos nossos tempos com a graça do guri, a fábula do cinema e a dor do índio tembekuá Marco Pererá, síntese do nosso gêmeo pensar nesta construção”. A professora Sylvia Cesco ficou com a revisão textual e, a produção editorial, pela Biblio Editora, do amambaiense Rogério Fernandes Lemes.

Livro Che Tiempo Guaré ISBN 978-65-87086-07-1 (Biblio Editora)

A apresentação da obra é do prefeito de Amambai, o Dr. Edinaldo Luiz de Melo Bandeira. O convidado para escrever o prefácio foi Moacyr Lacerda, do Grupo Acaba.
A obra divide-se em três partes principais: “Parte I – Gotas do Cotidiano: a arte de viver de um povo” (198 páginas); “Parte II – Os Cueras” (190 páginas); e, “Parte III – Sabres & Tacapes” (163 páginas). 
Na primeira parte o autor discorre com saudosismo da Praça Coronel Valêncio de Brum, tão querida pelos amambaienses de seu tempo; sobre a história político–administrativa da cidade; sua arte popular, literatura e música regionais; lendas como La plata yvyguy; os esportes; as mídias de então; a vida escolar e seus personagens docentes e discentes; as quermesses e o futebol; o padre Bonfilho; o protótipo de “guri” daqueles tempos; os embalos de Baden Powell e o escotismo; o mundo maravilhoso do cinema, dos circos, das viagens e dos parques; os acampamentos e as lembranças que deixaram muitas saudades.
Na segunda parte, Nery elege cinco personalidades denominadas de “cueras” que, segundo ele, são pessoas com importantes contribuições no desenvolvimento do Alto Amambai. São eles: Antonio Delgado Martínez, Antônio Elias de Albuquerque Maciel, o Nê, Dilso Sperafico, Luiz Nogueira Lopes e Zenóbio Neves dos Santos.
A terceira e última parte divide-se em dois momentos: o glorioso “17º Regimento de Cavalaria Mecanizado – A presença do Exército Brasileiro na fronteira com o Paraguai” e “Os índios Guarani Kaiowa”.
Sobre o 17º RC Mec, o autor escreve sobre a guerra do Paraguai; a Cavalaria; o Regimento Sólon Ribeiro, sua instalação em Amambai e seus precursores; o 3º Esquadrão do Onze; a Granja; episódios da caserna como: “nos tempos do Pata Choca”, o “Laranjeira”, “as ovelhas do Capitão” e “Historietas do Soldado Gabriel”; sobre o ano da instalação do grande Regimento em Amambai; manobra militar; ode ao Destacamento da nossa simpática Iguatemi; a mecanização da Cavalaria entre outros.
Sobre os índios Guarani Kaiowa, um destaque especial na compreensão da visão indígena, o Tekoha; as projeções em Mato Grosso do Sul; dados por famílias; o ensino nas escolas indígenas e alguns relatos de educadores; a política de alocação de indígenas nas reservas de MS; um breve panorama do cotidiano nas Reservas Amambai, Limão Verde, Jaguari e Taquaperi; a democracia eleitoral; a pessoa Guarani Kaiowa; a ancestralidade na concepção do Ñanderu; ciência e espiritualidade; o ensino bilíngüe; os conflitos e as lutas de vida e morte pela terra.
Para a jornalista Viviane Viaut Moreira “não há pieguices em Che Tiempo Guaré. Pelo contrário, as memórias de Nery vêm acompanhadas de reflexão e postura crítica”.
Por ser um livro recheado de regionalismos e silogismo lexical os leitores encontrarão, ao final da obra, um glossário com mais de 300 vocábulos, além das referências bibliográficas; o poema “Che Tiempo Guaré”, de Sady Bianchin, dedicado a Nery; as homenagens Póstumas; e, informações sobre o autor.
Nas homenagens póstumas, todo o carinho e reverência às pessoas que contribuíram com o Che. São elas: Ademir Lupatini, Ageli Sperafico, Clovis Antonio Agostini, Nicolás Martinez (seu Colá), David Aristófanes Alvarenga, Dirceu Luiz Lanzarini, Dorcílio Pereira, Ernesto Lorenzatto, Frutuoso Pereira Acosta, Lino Ledesma, Odete Fonseca, Paulo Manzzeppe, Teotônio Barbosa Coelho, Victor Anibal Delgado (o Vave) e as professoras Vilma de Oliveira da Cruz e Viviane Scalon Fachin.
Nery da Costa Júnior nasceu em Amambai, MS no dia 7 de agosto de 1960; é filho de Nery Cavalheiro da Costa e de Argemir Holsbach da Costa. Casado com Regiane Silveira da Costa; pai de Ítalo Sávio, Renan Luíni, Vítor Hugo e Ian Michel. Reside em São Paulo; é Desembargador Federal com assento no Tribunal Regional Federal da 3ª Região, desde 17 de junho de 1999. Foi advogado em Mato Grosso do Sul. “Che Tiempo Guaré” é seu primeiro livro publicado.

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(67) 99632-2404 - Didoneth

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